Em meados de 2013, ali pela época da Copa das Confederações, véspera do ano da Copa do Mundo no Brasil, numa campanha para venda de carros, foi lançada uma música que viria a se tornar um hino de manifestações… e eu vou deixar até aí, porque é isso que o “Vem Pra Rua” significa pra mim. Palavras de ordem que resumem um clamor para a ação ou pelo menos a manifestação da insatisfação.
Por diversas razões, que expor aqui levaria bem mais que dez minutos, ando repensando muito a minha vida. Principalmente de 2006 pra frente. O ano em que entrei no curso de engenharia.
Eu sempre fui bem pedante. Ainda sou. Mas até que tô melhor desse sentimento ruim soberbo.
Mas em 2006 fui tipo um vale, ou pico, no meu comportamento babaca. E as coisas só foram acontecendo na minha vida de forma bem bizarra e deu uma estabilizada ali em 2008/2010.
Deu até uma certa melhorada e foi avançando numa jornada de desconstrução ou auto descoberta. Chame como quiser, mas eu gostava de pensar nisso como uma busca por coerência.
2013 foi justamente o ano em que achei o que eu queria pra minha vida. Com uma música bem animada, que embalava pessoas simpatizantes da insatisfação coletiva, fui pra rua pra tentar demonstrar que o sistema tá errado e seria, no mínimo, agradável dar uma melhorada.
Claro que não existe vácuo de poder e movimentos tão espontâneos e “desorganizados” eventualmente foram capitalizados e transformados em uma massa de manobra para fins específicos.
Cê quer ver uma diferença sobre manifestações pró interesses e contra interesses dos poderosos? Para apoiar a saída da Dilma, até o Metrô de SP ficou gratuito… enquanto que, com pessoal que começou pedindo o não aumento de R$0,20 centavos na passagem, teve até fotógrafo perdendo olho com tiro de bala de borracha…
Bom, isso rende muito papo, mas hoje eu só queria lembrar que um dia, um publicitário, sem querer, criou um grito de guerra que, combinado com diversos outros fatores, escreveu história nesse país.
Pena que era comédia dramática, quando precisávamos de uma aventura épica…