Pois é, amanhã, sábado (16.05.20), deve ter um novo pronunciamento do pescocinho de gangorra (obrigado, Eduardo) e não teve uma única vez que eu não tenha esperado ele assumir o mínimo de liturgia para o cargo, mas em todas fui decepcionado.
Eu só queria o mínimo. Ele poderia usar todo o populismo idiota que ele brada em defesa da família, da defesa do povo brasileiro, da retórica de militar pra fingir que ele não foi expulso… pegava só esse arremedo de imagem e não ficava no caminho de quem tá tentando salvar a população no meio da pandemia.
Sabe, uma parte de mim ainda acredita que, por uma obra divina ou profana, esse cara vai fazer alguma coisa boa pelo país. Sabe, mandar um discurso de união, puxar pra conversar todo mundo num grande acordo federal que vai garantir emprego, focar energias para saúde, empresários vão deixar de ser cuzões no meio da pandemia, tudo vai ser um pouco menos irritante.
Mas a real é que, dentro de algumas horas, esse arremedo de deputado baixo clero que não sabe pra que serve o executivo vai falar um texto escrito por ele ou pelo filho psicopata que se acha o vereador federal, vai jogar ainda mais o povo com um mínimo de bom senso pra baixo, vai motivar os malucos que ainda o apoiam a ignorar o risco à saúde e segue o jogo.
Não tenho TV e já tem mais de uma semana que enfrento problemas sérios com a internet. E estou falando de problemas sérios para os padrões de uma cidade do interior. Ou seja, só devo ler sobre o pronunciamento bem depois que ele ocorrer. O que pelo menos não dispara minha ansiedade, mas também não ajuda a fazer passar de vez a antecipação de que vai ser sempre uma merda qualquer coisa que ele diga.
Bom, pelo menos esse sábado termina o meu plantão. Uma coisa a menos para me preocupar. Até o próximo.
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