O Carnaval tá chegando. Enquanto escrevo, já consigo imaginar todos os livros que vou conseguir ler, assuntos para revisar, filmes e séries para assistir, etc.
Vou tentar rever alguns amigos. Numa dessas saídas mais tranquilas e com poucas chances de dar errado.
Acho que não tenho mais idade para me acabar nessas festas sem limites. Hoje mesmo tenho aula até 21h, inclusive, tem até prova/trabalho por ser o último dia desse módulo. Depois disso, tô só o corpo precisando de uma cama.
Acho que é um mérito do brasileiro, pelo menos de boa parte da população, conseguir esquecer quase que completamente dos problemas e festejar. A diversão é, em regra, um dos motivos para nosso povo resistir a toda essa montanha de coisas ruins que se joga contra o povo. Também pode ser o motivo de não lutarmos contra tal montanha de coisas ruins… mas isso é outra conversa.
Minha mãe (beijo pra senhora que tá lendo, eu sei) sempre conta sobre os bailes que participava durante a juventude, o Baile do Princesa do Solimões é um dos poucos que minhas memórias atingem. Lembro um pouco do portão de ferro na entrada, do salão com a pista em formato retangular mais baixa que os arredores. Lembro do confete e serpentina. Da música alta, movimento e suor. Fantasias e tecidos estranhos.
Tento não entrar em detalhes para não completar as lacunas de forma inconsciente, mecanismos natural da nossa memória.
Sempre achei divertido ter todo esse tempo para me dedicar a qualquer atividade do meu interesse naquele período da minha vida. Sair com amigos, jogar, ler, assistir coisas, fazer nada, etc. Até mesmo, por que não, pular carnaval caso a vontade apareça.
Enfim, caso esteja lendo isso ainda na sexta, espero que seu feriado seja ótimo, sem deixar de ser responsável e dentro dos limites aceitáveis para um festival de 5 dias. Caso esteja lendo isso depois, torço para que tenham sido no mínimo interessantes tais dias.