Quadragésimo sétimo dia – Não atente contra a sua importância para o mundo

Acho válido abrir o texto com um questionando e sua resposta.

Você sabe o quão importantes somos?

Depende.

Bom, deixa explicar melhor: Para você entender o valor de algo, ou como aquilo se mede, é preciso conhecer a unidade ou escala. Por isso não comparamos laranjas com abacaxis pura e simplesmente. Nós podemos alegar que, em regra, abacaxis são maiores. Que laranjas são provavelmente bem mais consumidas no mundo. Ou seja, estamos criando um parâmetro para comparar coisas.

Daí vem o ser humano. Que eu acho que não vale nada, mas por causa dos meus parâmetros.

Veja bem, para a sua família, mesmo que seja um lar problemático, você é uma peça importante e inestimável. O seu nascimento é o somatório de incontáveis acasos. O fato de seus pais pudessem não ter se conhecido não significa que você seria outra pessoa em outra família, quer dizer que você não existiria.

Mas qual a sua importância para o seu bairro? Seu trabalho? Sua cidade?

Entenda, quanto maior o parâmetro ou escala, menor é a importância da maior parte das pessoas. Cê sabe quantos chineses existem no mundo? Cê sabe quantos indianos existem no mundo? Cê consegue imaginar o quão importante você é para eles?

Cês devem conhecer aquela máximo que os extremos são burros.

Vamos trabalhar com o caminho do meio ou com o pensamento mais razoável possível.

Você é importante. Em certa escala.

Digamos que todas as outras formas de vida no mundo simplesmente sumissem, do nada e sem explicação alguma. Só sobrou você e os microorganismos necessários para a sua manutenção.

A sua existência nesse momento é a mais importante de todas. Por mais que eventualmente ela também vá acabar. Mas, até lá, enquanto respirar, comer, defecar, realizar seus hábitos de higiene, etc, não haverá ninguém mais importante e você precisará conviver até o último segundo consigo.

E é por isso que devemos entender que realmente somos a pessoa mais importante do mundo. Assim como todas as outras pessoas.

Ainda falando sobre extremos, tente entender, você não é metade da criança/pessoa especial que a sua mãe diz ser. É sério.

Você pode ser inteligente, ter boa aparência, passar horas de academia ou ter conquistas admiráveis. Para os chineses e indianos é o mesmo que nada. Desculpa. Mas é verdade.

Não fique triste. Isso é igual para todos. Até mesmo caso você tenha pensado “não ligo para os chineses e indianos”. É exatamente por isso que eles não ligam também.

Autor: Elisnei

Servidor Público. Escritor amador. Curioso e fã de tecnologia.

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