Ontem li uma notícia sobre um grupo de whatsapp da juventude conservadora na UEA de Saúde. Na notícia, alguém aparentemente achou engraçado dizer que o grupo deveria marcar um dia para sair batendo em LGBTQ e comunistas.
Os prints vazaram como o nome de alguns integrantes. A UEA já emitiu nota sobre o fato e que vai apurar a situação.
Acabei esbarrando numa postagem de facebook de um desses caras se defendendo e postando outros prints para tentar contextualizar o caso.
A minha primeira atitude foi escrever na área de comentários: “Só queria deixar claro que, caso algum dia eu consiga a lista de pessoas desse grupo, farei questão de nunca ser atendido por vocês em qualquer que seja a situação”.
Antes de enviar, parei pra pensar. A vida desse cara está exposta ao ponto dele fazer um texto público para se defender, adicionando outros prints para ter contexto. Algumas dezenas de pessoas já haviam comentado na postagem. Nem todas positivas. Na verdade, muitas eram condenando a atitude.
A parte boa disso é que, em algum dos prints, ficava claro a imagem que esse grupo tinha sobre como esquerdistas debatem, sendo raivosos ou algo assim. E, até onde eu li, os comentários condenando a atitude eram brandos.
O meu comentário mesmo não era exatamente irritado, era apenas uma demonstração de como me sinto decepcionado com a ideia de ser atendido por um médico que tá num grupo onde alguém faz uma piada sobre sair pra bater em pessoas e ninguém o repreende.
Mas eu não postei.
Dentre os motivos, não postei porque centenas ou até milhares de pessoas já devem saber quem é esse cara. E muito provavelmente boa parte não deve estar do lado dele.
E o mundo já tá cheio de pessoas querendo se odiar, se nós não fizermos nada para tentar impedir… isso não vai acabar bem.
Veja bem, estou dizendo que é possível haver diálogo até certo ponto. E estou aberto a isso.
Mas se algum conservadorzinho criado no leite com pera e ovomaltino começar a fazer grupo pra bater em LGBTQ e comunista, eu só digo uma coisa: tenta sorte, arrombado!