Não sei o motivo, mas o título desse texto fica ecoando sempre em inglês na minha cabeça. Enfim, dá pra entender de qualquer forma o sentido, certo?
Todo mundo deve ter um limite. Tipo, o meu foi quando o Bolsonaro fez uma homenagem ao Brilhante Ustra durante o voto do Impeachment. Vocês lembram o que estavam fazendo? Eu lembro perfeitamente.
Na época, minha ex-namorada Jéssica fazia bolo de pote, estávamos no apartamento da sócia dela, Priscila. As duas estavam na cozinha e eu sentado na sala (alerta de estereótipo? pois é). Lembro do momento que ele tomou o microfone, a sessão era conduzida pelo, como disse Glauber Braga, gangster do Eduardo Cunha que deveria estar virado no rivotril para aguentar aquele caos de sessão.
Enfim, fiquei sem palavras, pra mim foi um choque. Eu não acreditava naquele momento que homenagens a um torturador poderiam ser feitas em alto e bom tom. O que foi brincadeira porque acabaram se repetindo em profusão nos anos seguintes, principalmente na campanha de 2018.
Bom, motivos diversos para odiar o presidente não me faltam, mas essa linha é muito bem traçada, toda vez que você apoia alguém que homenageia um torturador, cê tá cruzando ela. E eu definitivamente não tenho a menor vontade de conviver com pessoas que estejam do lado de lá.
Óbvio que nem todo mundo votou nesse animal de terno por isso, estou falando das pessoas que o defendem apesar, ou até mesmo por causa, disso. Não é mais uma questão ideológica. Talvez nunca tenha sido. Enxergo claramente a barbárie senso incentivada.
Mas é isso, pela minha saúde mental, não tenho problema nenhum em rotular e categorizar pessoas. Esse tipo de gente tem algo errado. E eu não sou borracha do mundo pra querer ficar corrigindo, que procurem a terapia.