Vamos falar sobre olfato.
Tenho uma mania meio estranha, em determinadas situações, prendo a respiração de forma automática e quando percebo já tô com uma leve falta de ar… Um exemplo óbvio são as cenas em que algum personagem precisa ficar debaixo d’água. E não é só assistindo, ler O Cálice de Fogo foi particularmente desagradável no teste do lago.
Outra coisa que faço: prendo a respiração quando algum desconhecido passa muito perto de mim. Porque o cheiro da pessoa é composto basicamente de pequenos pedacinhos dela…
Não me entenda mal, existem situações onde o cheiro é enaltecedor, saber que aquele aroma agradável, enebriante e até excitante, só é possível por causa da pele de um indivíduo…
Enfim, existe também o caso de reconhecer lugares ou situações por causa do cheiro. Como acontece com a chuva, ou alguma comida, ou o interior de uma casa.
Esse exemplo é ótimo, o cheiro de uma residência é composto literalmente pelas pessoas que ali habitam, junto com produtos de limpeza, higiene, móveis, etc. É um amálgama de compostos e reações e sensações. Único.
E isso tudo é possível por causa da oportunidade de se respirar na hora certa. Sentir cheiros no momento certo. Perceber que o seu nariz não tá aí só para segurar seus óculos ou servir de almofada de alfinete ou dar um tiro (sim, estou te repreendendo caso o faça…).
Acho que respirar consegue ser uma atividade extremamente prazerosa, não apenas útil.
Sentir a respiração de alguém ofegante, o alívio do suspiro após um longo e recompensante dia de trabalho, partilhar da respiração pesada de alguém que dorme perto, etc.
Se algum dos exemplos acima te fez pensar em algo, cê prendeu a respiração, suspirou ou respirou fundo?